Esta foi a última semana de estágio na unidade de saúde pública do ACESAL de Santiago do Cacém, semana essa bastante agitada, talvez por ser a última, tentámos fazer um pouco do que ainda não tínhamos feito. As atividades realizadas passaram por:
· Auditoria a duas unidades de cuidados continuados do concelho de Santiago do Cacém;
· Realização de três folhetos sobre poupança de água e higienização das mãos dos utentes e dos profissionais de saúde;
· Ação de formação sobre prática de exercício físico e alimentação saudável realizadas pelo doutor Mário Jorge e pelo TSA Diogo Gomes a alunos de desporto da escola secundária de Vila Nova de Santo André;
· Colheita de águas de abastecimento público;
· Reunião de saúde escolar;
· Colheita de carraças e larvas de mosquito;
· Visita ao centro de estudos de vetores e doenças infeciosas (CEVDI) em Águas de Moura;
· Vistoria um bar de alterne.
Auditoria aos serviços de cuidados continuados
Foi feito um pedido de auditoria por parte da direção das unidades de cuidados continuados ao serviço de saúde pública, a fim de que fosse elaborado um auto dessa auditoria para que essas unidades pudessem concorrer a uma certificação pretendia pelos mesmos. Nesta auditoria estiveram presentes o Dr. Joaquim Toro, a TSA Rosa e os estagiários.
Durante a auditoria visitámos duas unidades de cuidados continuados, a primeira era mais pequena, sendo que existia uma cozinha mas que apenas servia para fazer o pequeno-almoço e lanche, pois o almoço e jantar eram feitos na outra unidade e transportado para aquela. Existia também a sala de refeições, a sala de lavagem, o armazém de resíduos, a sala de enfermagem e a sala de fisioterapia. Nesta unidade foram encontrados apenas pequenos aspetos a corrigir, tais como:
· Uma falha no revestimento do pavimento da cozinha;
· A grelha de refrigeração do frigorífico que se encontrava conspurcada;
· Cheiro a esgoto que indicia falhas na sinfonagem;
· Pavimento das instalações sanitárias sem características antiderrapantes.
A segunda unidade de cuidados continuados era bem maior e nesta existia as mesmas salas que na anterior, sendo elas maiores e em maior quantidade, pois existiam dois pisos. Não foram encontradas nenhumas anomalias exceto na cozinha que realizava todas as refeições, não só para esta unidade mas também para a outra. A cozinha encontrava-se no piso -1 e estava com alguns problemas que seria necessário corrigir, tais como:
· Pavimento que estava em mau estado de conservação pois tinha sido pintado com uma tinta de areia que se estava a soltar;
· Extintor de combate a incêndio que se encontrava atrás de um recipiente sem que fosse possível chegar até ele rapidamente;
· Acumulação de gelo junto à porta da câmara de congelação que indicia falha no isolamento;
· Caixas de cartão nas câmaras de congelação e refrigeração;
· Falta de ventilação nos armazéns de acondicionamento de géneros alimentícios;
· Armários de loiça limpa exposta ao pó;
· Instalações sanitárias sem ventilação;
· Humidade e presença de fungos no teto da zona de confeção.
No final da auditoria foi realizado o auto da mesma a fim de procederem às melhorias e correções propostas. Este foi uma visita importante, uma vez que, nunca tínhamos visitado nenhum estabelecimento do género. O aspeto mais preocupante foi na zona de confeção de alimentos e será aí que deverão proceder às correções com maior rapidez.
Realização de folhetos sobre poupança de água e higienização das mãos dos utentes e dos profissionais de saúde
Nesta semana foi-nos pedido a realização de folhetos de higienização das mãos dos utentes e dos profissionais de saúde, uma vez que, este tema é muito importante e não pode ser esquecido, pois com um pequeno gesto como a lavagem e desinfeção das mãos se podem prevenir infeções hospitalares e inclusivamente salvar vidas. Nos folhetos podem retirar informação muito importante, para isso, basta apenas clicar sobre as imagens.
Nós sugerimos também a realização de um folheto sobre a poupança de água e isto deve-se ao facto da estação do ano em que nos encontramos e da falta de precipitação que se sente nesta altura, se não pouparmos água agora, quando chegarmos às estações do ano mais quentes não vamos ter água e sem água ninguém vive. No folheto seguinte vão poder ler algumas estratégias que todos nós devemos adotar.
Ação de formação sobre prática de exercício físico e alimentação saudável
Na terça-feira de manhã deslocámo-nos à cidade de Vila Nova de Santo André, em conjunto com o doutor Mário Jorge e o TSA Diogo a fim de estes realizarem uma formação de alimentação saudável e prática de exercício físico aos alunos de desporto da escola secundária local. Esta formação foi dada pelos dois profissionais em que o Dr. Mário falou do exercício físico, da sua utilidade e da prevenção de muitas doenças e o TSA Diogo falou de alimentação, não só de como esta deve ser feita mas também dos seus benefícios. O TSA Diogo na sua exposição conseguiu ainda complementar este tema com a segurança alimentar e alertou os alunos para a importância das nossas vistorias em estabelecimentos de restauração, da leitura dos rótulos das águas para consumo humano e do processo que o alimento deve passar desde a sua fase de criação até à fase de confeção e distribuição. Os alunos mostraram-se bastante interessados nestas duas temáticas interferindo algumas vezes nas apresentações. Para nós foi bom percebermos que algumas pessoas sabem a importância da nossa profissão e ficam interessados em conhecê-la melhor.
Reunião de saúde escolar
A reunião de saúde escolar decorreu na sede da unidade de saúde pública (Santiago do Cacém), nesta reunião estavam presentes alguns profissionais de todo o agrupamento do Alentejo Litoral, tais como enfermeiros, médicos, uma higienista oral, uma terapeuta da fala e alguns técnicos de saúde ambiental. A reunião serviu para falar de algumas orientações que surgiram e estão à espera de serem aprovadas. Falámos do programa de saúde escolar deste ano e das atividades que têm de ser realizadas, aos enfermeiros coube a tarefa da vacinação e falaram um pouco dela, quem fez também uma exposição foi a terapeuta da fala que apresentou a necessidade da sua intervenção e as suas atividades com as crianças. Também aos técnicos de saúde ambiental coube-lhes uma apresentação sobre a nova listagem de avaliação das condições de higiene, segurança e saúde nos estabelecimentos de educação e ensino. Esta nova listagem está muito melhor que a antiga mas existem alguns pontos que devem ser alterados a fim de melhorar a atuação dos técnicos nesta temática.
A reunião foi muito interessante porque vimos toda uma equipa de profissionais de saúde a trabalhar em conjunto a fim de garantir uma melhoria na saúde das crianças e jovens.
Vistoria um bar de alterne
A nossa última atividade realizou-se na sexta-feira à noite e foi uma vistoria a um bar de alterne, esta vistoria foi um pouco diferente das que estamos habituados a realizar devido ao facto do ambiente ser completamente diferente. A nível estrutural existiam duas instalações sanitárias sem antecâmara e ventilação, existia um pequeno local onde estavam as bebidas e uma pequena copa onde as lâmpadas não tinham proteção e a higienização do espaço não era a melhor. Neste bar era permitido fumar, no entanto, penso que a ventilação do espaço não era a ideal e o fumo era muito. Na visita fomos acompanhados pelo delegado de saúde e pelos dois TSA, o delegado de saúde falou com o dono para que este alertasse as funcionárias da importância da visita destas ao centro de saúde para fazer testes de despistagem de algumas doenças e realizarem consultas de planeamento familiar.
A nível pessoal a vistoria foi inesperada pois não sabia o que estava à espera e o espaço em si era uma espaço escuro com muito fumo, no entanto, foi uma vistoria diferente que todos nós tínhamos curiosidade e que provavelmente será difícil voltáramos a ter uma experiência destas.